Equipe Brasileira tenta a escalada do Salto Angel na Venezuela

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A aventura dos brasileiros Waldemar Niclevicz, Edmilson Padilha, Valdesir Machado, Serginho Tartari, Chiquinho Hartmann e Orlei Junior na maior cachoeira do mundo, a Salto Angel (979 metros), tomou ares dramáticos. Os montanhistas alcançaram, na última quarta (09), a metade superior do Auyantepuy, na Venezuela, e agora não tem outra opção a não ser alcançar o cume da cachoeira. O problema é que a equipe não obteve a autorização das autoridades ambientais locais para realizar tal escalada.

“Já superamos mais da metade a escalada e em razão da inclinação que atingimos na montanha a descida passou a ser impossível. Agora nossa única opção é atingir o topo do Salto Angel. Esperamos que as autoridades desse belo país chamado Venezuela, entendam a nossa paixão pelas montanhas e nos permitam atingir o nosso objetivo com segurança e tranquilidade”, explicou Niclevicz em seu site oficial.

A expedição para o “big wall” (termo usado no alpinismo para se referir a escaladas de grandes paredes) teve início no dia 29 de janeiro. Até agora, Niclevicz e sua equipe escalaram cerca de 1.100 metros do paredão, sendo que o objetivo é chegar a 2.510 metros, ponto culminante da cachoeira, e realizar assim com sucesso a comemoração dos dez anos da conquista da maior torre de granito do mundo, a Trango Tower, no Paquistão.

Dificuldades – Considerado como o paredão mais difícil de ser escalado do mundo, o Salto Angel foi superado, em toda sua história, em apenas três ocasiões por expedições espanholas, inglesas e francesas, sendo a última em 2006 por Arnaud Petit, campeão francês mundial de escalada. O motivo de tão poucos terem alcançado seu cume são as dificuldades encontradas pelo caminho.

A primeira delas é a angulação. Com três vezes a altura do Pão de Açúcar (RJ), a cachoeira está em um ângulo praticamente todo negativo, já que dos 979 metros do salto, 807 metros são em queda livre. Isso também dificulta a vivência no “mundo vertical”, com o risco de serem varridos pelas águas da cachoeira em caso de fortes chuvas.

Além disso, a grande exposição da escalada aumenta mais os riscos de queda. “A maior dificuldade é proteger a escalada, uma vez que os apoios e reentrâncias na parede são mínimos, tornando a escalada extremamente exposta, ou seja, sujeita a quedas potencialmente perigosas”, disse Niclevicz.

Fonte: http://webventureuol.uol.com.br/montanhismo/conteudo/noticias/index/id/30050

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