Conquista da Pedra do Jacaré – Pancas, ES
Voltamos à Pancas nesta ultima segunda (06/06/11) no objetivo de finalilzarmos a via. E dessa vez com o José Luiz conosco, para ter sua primeira experiência (e perrengues, sempre inclusos) em conquistas. O clima estava super agradável, ao avesso da investida anterior que quando o sol batia na rocha às 11 horas, ficava insuportável para escalar.
Parti para dar continuidade a conquista, continuando a quarta enfiada que o Soldado havia iniciado e interrompido debaixo de chuva. Esta se mostrou como a mais técnica da via, com a parede um pouco mais inclinada e lances ‘tecnicuzinhos’ em cristais. Após a quarta chapeleta segui em um lance horizontal que acabei optando em não proteger, ficando assim um pouco exposto, mas bem administrável. Fixei a parada em uma grande árvore que existe no platô: grande, com sombra e confortável. Mas na parte mais alta do platô, um pouco à esquerda (para deixar o rapel em linha reta) bati a P4. E assim fica a parada na árvore como opcional… na verdade bem recomendda, para tirar o atrito da segurança se feita da P4.
O cume estava perto, e a conquista fluia de maneira rápida, prazerosa, e em perfeito astral entre a galera. Momento este que vislumbramos terminar a via neste mesmo dia! Com a parede já mais positiva, conquistei a quinta enfiada batendo apenas duas chapas no caminho, e finalizei a P5 em um bom platô. Com o sol ainda alto no céu e o cume à vista, o Soldado pegou a ponta da corda e partiu, fechando a ultima enfiada com 60 metros, deixando também duas chapas no trajeto e fixando a P6 em uma árvore. Chegamos todos no cume às 16 horas, concluindo a via muito antes do que havíamos previsto para esta conquista.
Encaixado em uma árvore, deixamos o livro de cume, registrando a conquista dessa montanha que ainda não tinha nome. Mas depois de muito a observar, percebemos que todo o conjunto montanhoso que a forma parece com a cabeça de um Jacaré, e assim em conversas com o pessoal local, a batizamos de Pedra do Jacaré. E a via ganhou o nome de “Casa da Mãe Joana”, em homenagem a Dona Joana, que com seu filho Fabinho, sempre recebe os escaladores de uma forma muito acolhedora em seu sítio.
A via ficou com 330 metros de extensão, toda em livre, e tendo como característica agarras em cristais. As duas primeiras enfiadas são bem tranquilas, e a terceira e quarta mais técnicas, que levam até o grande platô que pode ser avistado debaixo, acima da metade da via. A dificuldade geral da via esta em torno de 4º, e alguns lances isolados em 5º/6º. É possivel fazer a via em uma manhã (D2).
Dicas para repetir a via:
– Corda de 60 metros (duas para o rapel) e seis costuras, sendo três longas;
– Na quarta chapeleta da quarta enfiada é recomendável deixar uma costura bem longa , para diminuir o atrito durante a horizontal.
– É recomendável fixar a parada da quarta enfiada na grande árvore no platô, e depois acabar de chegar (caminhando) por mais uns 15 metros até a parada em chapas.
– Quando for rapelar do cume, não fixar a corda do rapel na árvore – que tem o tronco na cor avermnelha – onde esta o livro, pois pode faltar corda para chegar na parada abaixo. O melhor é fixá-la em alguma árvora um pouco mais abaixo.
– A via fica dentro do Córrego do Palmital, sendo a melhor pedida de pernoite no Sítio Cantinho do Céu, que fica bem de frente para a montanha. (Fabinho: 9873-3385).
– O carro vai até no alto do cafezal aos pés da Pedra do Jacaré, e a caminhada de aproximação para a via não passa de 7 metros… é só cruzar três fileiras de café, rs.
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Baldin e demais, parabéns por mais essa conquista.
Valeu Luana! Marca uma trip pra lá heim!