Guaranis montam aldeia no Parque do Caparaó
Félix e os outros 27 indígenas saíram da Aldeia Boa Esperança. “Chegamos de ônibus. Gastamos R$ 1.700,00 para o transporte”, afirma ele. O pajé Tupã Guaraí, que em português é chamado de Jonas, conta que o Caparaó foi indicado a eles por Deus, daí a decisão de sair da antiga aldeia. “Deus mostrou que a gente precisava ficar perto da Montanha Sagrada e da mata.”
Nesta semana, a tribo recebeu a visita do administrador do Parque Nacional do Caparaó, Waldomiro de Paula Lopes. Ele informou que os índios não poderiam ficar nas terras federais, já que a área é considerada uma das mais importantes áreas de preservação da Mata Atlântica do país. Junto de representantes da Funai (Fundação Nacional do Índio), ficou decidido que a tribo retorna amanhã para Aracruz.
“Estamos tristes de ter que ir embora, porque queríamos formar aqui a nossa aldeia. Lá, onde vivemos sempre falta água e a terra não é tão boa. Precisamos da terra para viver e continuar a tradição dos nossos antepassados”, frisa Felix. A GAZETA ligou para a Funai, no início da noite de ontem, mas não conseguiu contato com ninguém para falar sobre o assunto.