Os inimigos do treino
Tempo de leitura: 2 minutos
O excesso de exercício físico e a alimentação desregulada podem provocar fadiga muscular no corpo.
O descanso é um importante aliado do exercício físico. Diferentemente do que muitos pensam, fazer intervalos entre os treinos evita o aparecimento de um dos principais vilões da performance, a fadiga. Caracterizada por uma falta de tensão nos músculos, ela dá sinais de que pode aparecer quando o indivíduo passa a sentir dores no corpo, irritabilidade e freqüência cardíaca alterada.
Dia após dia, exercícios pesados, aliados a uma má alimentação, transformam-se em cansaço e redução do desempenho físico. O repouso serve para recuperar energias e nutrientes consumidos durante as atividades.
Para quem está começando a treinar, é preciso estar atento para não cometer excessos. No início, o organismo tem mais dificuldade de se recuperar, pois demora algum tempo para repor os nutrientes.
Atletas que têm um preparo físico maior aumentam a atividade das enzimas que produzem o glicogênio – combustível para os músculos – e, por isso, recuperam-se mais depressa. O personal trainer Marcelo Carvalho recomenda fazer intervalos de 36 a 48 horas entre os treinos para evitar as dores.
– Se a pessoa está com dor e vai treinar, o risco de lesão aumenta porque o músculo não teve tempo de se recuperar – explica.
Doenças cardiovasculares e diabetes, que estão quase sempre associadas à obesidade, limitam a resistência física e propiciam a fadiga muscular de forma muito mais rápida do que em pessoas sem as enfermidades.
Batimentos cardíacos alterados indicam uma sobrecarga do coração, que precisa fazer mais esforço para bombear oxigênio e nutrientes para o corpo.
Apesar disso, o professor de Educação Física e doutor em fisiologia do exercício Álvaro Reischak de Oliveira lembra que, nestes casos, o exercício físico é fundamental, mas deve ser controlado por um médico e um professor.
– É melhor trabalhar em intensidade baixa, com exercícios leves, ter cuidado nos alongamentos e cuidar a freqüência cardíaca – diz Álvaro de Oliveira.
Outro fator que pode interferir na prática de esportes é a alimentação. Alimentos ricos em proteínas não são suficientes para manter o organismo preparado.
Segundo Oliveira, uma dieta balanceada e rica em carboidratos, responsável pela reserva muscular de glicogênio, é fundamental para oferecer energia ao músculo.
– Se todos os dias fazemos exercícios sem repor os carboidratos, esse déficit vai se acumular e prejudicar o rendimento físico – alerta.
Fonte: Diário Catarinense e Alta Montanha