Patagônia 2008 – Brasileiros na Agulha Rafael Juarez
As duas cordadas finais foram impressionantes, muito verticais, com graduação passando por um 7a (graduação brasileira). Ficaram a cargo do Val (Valdesir Machado), que as guiou com perfeição e rapidez. A emoção foi indescritível de pisar naquele cume, que era como uma forma de retornarmos a uma fase de sorte, que parecia que nos havia abandonado há algum tempo. Foi um recomeço, foi o primeiro cume que fazíamos como dupla de escalada na Patagônia, pois o Gabriel Otero (nosso companheiro argentino) havia caído de um boulder e não tinha previsão de voltar a escalar nesta que se mostrava a melhor temporada jamais vista na Patagônia! Nossos gritos ecoaram pelos cumes e neste momento outras equipes que estavam nas agulhas subjacentes, Saint Exupéry e Poincenot começaram uma sinfonia de uivos. E este grito único era como uma canção entre almas cúmplices, entre indivíduos que têm algo em comum e que refletia a principal face do montanhismo: o companheirismo. Aí foi o momento em que viramos a página, em que carregamos as baterias.
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