Quanto vale a sua vida?
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O problema do “mercado da aventura” no Brasil é imenso, pois se tornou “modinha” abrir pseudo empresas e se tornar pseudos condutores/monitores/ instrutores do dia pra noite. E no Espírito Santo este nicho NO mercado tem se disseminado à passos largos, se reproduzindo feito pombos: em larga escala!
É impressionante como brotam empresas, que na verdade são grupos – pessoa física – mas que se auto intitulam pessoas jurídicas. O imediatismo que os pseudo gestores destes “negócios” tem em querer abocanhar uma graninha extra, na grande maioria das vezes atropela o fator que deveria ser o principal, mas que eles não conseguem enxergar: A SEGURANÇA! O que é perceptível é que “estes” (os tais pseudo condutores/monitores/
instrutores que passarei a chamar assim) não se dão conta (e o pior, as vezes nem o cliente) que estão sendo pagos não somente para proporcionar boas vivências para outras pessoas, mas também de assegurar a vida dessas pessoas, para que elas voltem para seus lares e abracem seus entes queridos narrando o quão emocionante foi aquela experiência em meio a natureza.
“Estes” não irão parar de surgir no mercado. Eles estarão sempre chegando “na área”, marginalizando este seguimento à qualquer custo – e nem conseguem enxergar seus próprios custos operacionais quando formam preços irrisórios de seus “serviços” – buscando de qualquer forma o seu lugar ao pódio. E nessa busca atropelam a ética e joga a segurança pra debaixo do tapete. Portanto é o cliente que tem que saber onde e com quem vai depositar sua vida para usufruir de momentos de alegrias (ou tristezas) em meio a natureza. É o cliente que deve colocar em prioridade não no preço que pagará por um roteiro ou curso, mas primeiramente se perguntar antes de comprar: QUANTO VALE A MINHA VIDA?
E para as pseudo empresas e quem está a frente delas, procurem agir de forma ética e consciente para não acabarem com a vida de ninguém e nem de si mesmos, sabendo que o que fizerem negativamente se tornará uma consequência para todos os envolvidos no seguimento, que englobam os profissionais sérios e os loucos. E procurem trilhar seu próprio caminho: Não usem de empresas que já estão consolidadas no mercado para se promoverem, portando não copiem fotos e textos de outras empresas para usar em sua promoção. No mínimo “fabriquem” suas próprias fotos e tenham criatividade para criar seus próprios textos. Se não tem capacidade para isso contrate algum profissional, até porque se vocês se auto intitula como pessoa jurídica, uma empresa tem que ter em sua gestão parte do orçamento para trabalhar o marketing.
Desejo aos que chegam no mercado que se capacitem antes de agir, seja nos quesitos técnicos de segurança e na gestão de negócio. E aos clientes, que estes tenham a consciência de avaliarem profundamente quem contratar antes de “se aventurar”. Existe hoje no Brasil entidades que qualificam e que certificam empresas para atuarem neste seguimento. Procure se informar bem, muito bem, antes de comprar algum serviço de Esporte ou Turismo de Aventura.
Desejo boa Aventura Segura para todos(as). E que todos(as) permaneçam vivos(as) pelos ambientes naturais do Brasil, inclusive deste meu belo Espírito Santo.