Conquistando em Ibiraçu
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Quando se escala a via Trem Fantasma, uma montanha a esquerda chama bastante atenção: ainda virgem e de acesso fácil, localizada perto desta via já classica, elementos que sempre vinham atissando para uma possível conquista.
Um dia destes eu e Roney ‘DuNada’ estivemos por lá para gravar umas imagens para o filme Escalafobéticos, e resolvemos averiguar mais de perto as paredes desta montanha. Resultado: uma semana depois já estariamos lá iniciando uma conquista!
Como sempre procuramos o proprietário das terras… e com o acesso liberado, agilizamos para voltar lá e iniciar a empreitada. Sem nem mesmo ter tocado na rocha, já sabíamos qual seria o grande crux da conquista: as idas e vindas de moto CG em cada investida, carregando as tralhas…
12/09 – Primeira Investida
Saimos de Vitória bem cedo e com 1h de asfalto chegamos em Fundão. Por dentro da cidade pegamos uma estrada de terra que segue beirando o trilho do trem, e com cerca de 15 minutos chega-se na boca do túnel, por onde tem que se passar por cima dos trilhos… na primeira vez que fizemos isso para averiguar a montanha passamos uma aperto (leia-se momento de pânico) pois o trem quase nos engole com moto e tudo, para resumir a história.
Escolhemos uma linha bem óbvia e atraente para conquistar. Com o céu muito nublado e visualizando a chuva no horizonte parti pra cima, pois a sede da conquista atissava demais. Conquistei 30 metros batendo três grampos, uma média de 4º grau. E foi ai que São Pedro bloqueou a continuação da conquista.
Fomos para o sítio que fica de frente para pedra, e lá fomos muito bem recebidos e acomodados em uma especie de garagem: abrigados da chuva, local perfeito para esticar a rede e tirar uma pestana, café vindo a todo momento de dentro da casa… boas regalias. Pernoitamos por lá na esperança da pedra amanhecer seca. Engano total, foi chuva a noite inteira!
17/09 – Segunda Investida
Segunda-feira, dia de conquistar… E lá vamos nos perceverando na CG em um dia perfeito, um sol bacana. A conquista foi fluindo, eu e Dunada alternando a ponta da corda, passando por uns lances mais técnicos, até que subimos mais 50 metros, batendo 4 grampos neste trecho.
Finalizando as tarefas do dia (começamos meio tarde), retornamos a nossa base de apoio. A noite um leve sereno já chegou querendo avisar algo: foi chuva a noite toda, sem trégua! Mais um dia amanhecendo, e desta vez com pedra completamente molhada e chovendo bastante. Tivemos que ir tirar 60 metros de corda fixa e retornamos pra Vitória.
É muita água para uma conquista só… e vamos perceverando.